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Desde sempre as empresas e suas marcas buscaram se aproximar de pessoas que, de alguma forma, poderiam endossá-las. Na propaganda chama-se o testemunhal. Na gestão de marcas, a troca de valores, o co-branding. Simplificando – a contratação de uma pessoa para endossar uma marca, produto ou serviço que nao seja a própria empresa, a voz institucional.
Estas iniciativas buscam transferir um pouco da credibilidade, especialidade e reputação do atleta, cientista, artista ou celebridade para a marca. E vice-versa. O ideal é que seja uma relação ganha-ganha. Continuo achando a idéia válida, mas acho que ela precisa ser avaliada com mais critérios. Do lado das marcas, a escolha deve partir de um alinhamento estratégico – marca e negócio – e a parceria ser de mais longo prazo. Do lado das pessoas, o critério também deveria ir além do financeiro e ser baseado em uma troca de valores.
Um exemplo não tão recente envolve o primeiro cosmonauta brasileiro, Marcos Pontes, que foi para o espaço em 2006. De lá para cá, ele escreveu um livro, vem dando palestras e contando sua história para platéias em todo o Brasil. Até aí, tudo certo. Mas sua aparição como garoto propaganda de uma marca de travesseiros “da Nasa” teve repercussões muito negativas. Não parece muito alinhado, né? Aliás, eu nem sabia que astronauta usava travesseiro!

Fonte: Tania Savaget – http://www.bluebus.com.br